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13 de mar. de 2009

Jataí: Após "fuga" da Saneago, vereadores pressionam a Celg

Francisco Cabral, da Assessoria de Imprensa/CMJ
Edição Final de Terry Marcos Dourado/ABD Comunicação
Com uma boa presença de público, foi realizada na manhã desta quinta-feira, 12 de março, no plenário da Câmara Municipal, uma audiência pública para discutir o atendimento e a distribuição de energia elétrica por parte da Companhia Energética de Goiás (Celg) em Jataí.
Proposta pelo vereador Nelson Antônio da Silva, a reunião contou com três representantes da empresa estatal e com vários membros dos mais diversos segmentos da sociedade jataiense. Logo na chegada, todos eram convidados a participar de um abaixo-assinado cujo texto pede à Celg reparos na distribuição de energia e outras melhorias em relação ao seu desempenho no município.
Em seu pronunciamento inicial, Nelson pediu a devolução do escritório local da empresa, para que os consumidores tenham um ponto próximo ao qual possam recorrer em busca de atendimento e para facilitar a recuperação de rede nas zonas urbana e rural. “Atualmente pagamos por serviços de péssima qualidade”, reclamou.
O ex-prefeito lembrou ainda que o município não pode nem mesmo expandir seu parque industrial devido ao problema energético. “Vamos aguardar 60 dias para a resolução dos problemas”, avisou Nelson. “Caso contrário, faremos um ato público em frente à Celg. Vou propor que toda a população pare de pagar a conta de luz, caso não sejamos atendidos”.
Da tribuna, o ex-presidente da Associação Industrial e Comercial de Jataí Vitor Gaiardo, representando o Conselho Comunitário, declarou que a inauguração da pequena usina hidrelétrica (PDH) do rio Claro fez com que ele pensasse que a situação melhoraria. Mas ainda não foram realizadas novas obras nas linhas e as atuais não suportam potência maior, lamentou.
Ele informou também que ainda falta a instalação do transformador para a PCH. “Durante boa parte do ano temos chuvas intensas e muitas descargas elétricas”, relatou Gaiardo ao discorrer sobre as quedas de energia. “Com linhas monofásicas muito extensas fica difícil ter um fornecimento de qualidade”.
O vereador Mauro Filho pediu a volta do plantão da Celg, enquanto o chefe da Regional da empresa, André Luiz Furquim, garantiu que a intenção é “melhorar muito o atendimento e o fornecimento de energia elétrica em Jataí”.
Quanto ao 0800, Furquim declarou que o serviço foi determinado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e que a estrutura geral passou por melhorias. “Nossos veículos agora contam com autotrack (sistema de rastreamento) por satélite, o que garante mais agilidade nos atendimentos”, disse ele.
Sobre o transformador para a PCH, o diretor da Celg revelou que já houve licitação e que as obras estão em andamento. “Com isso haverá um alívio para as linhas”, acredita ele, que informou que a empresa investiu R$ 1,5 milhão em Jataí em 2008. “Assim, para 2009 e 2010, na zona rural haverá menos interrupções no período chuvoso”.
O vereador Ediglan Maia preferiu apontar suas críticas para os representantes de Jataí que fazem parte do governo estadual. “O que essa ‘república jataiense’ faz em Goiânia?”, questionou. “O município deveria se unir para cobrar, exigir do governo”.
O diretor da Celg na cidade, Lauro Quintiliano, pediu a colaboração do deputado federal Leandro Vilela no sentido de tentar convencer o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a liberar um empréstimo para a estatal goiana.
Membros da administração municipal, líderes sindicais e de bairros marcaram presença na audiência. Os deputados estaduais Romilton Moraes e Cilene Guimarães, além de Leandro Vilela, justificaram a ausência, pois tinham sessões na Assembléia Legislativa e na Câmara dos Deputados, respectivamente.

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