Os bastidores da ascenção do vereador Cidão Fazolino à Presidência que a imprensa abafou

Portas trancadas, fechaduras trocadas...
Gritos, xingamentos, acusações, ameaças...
"Lei do Silêncio", demissões, medos e incertezas...
Os bastidores da Câmara Municipal de Jataí na versão de funcionários do Parlamento Municipal...

O que está acontecendo no Legislativo Jataiense sob o comando do vereador Cidão Fazolino (PTB)?
A versão que a imprensa jataiense abafou e nós revelamos com absoluta exclusividade!

Terry Marcos Dourado - ABD Comunicação

Produção: Giulliano Dourado

Ao contrário do que foi divulgado na imprensa jataiense, a posse do vereador Alcides “Cidão” Peregrino Fazolino (PTB), líder do prefeito, como presidente interino da Câmara de Vereadores de Jataí não aconteceu diante de um clima harmônico, tão pouco foi uma assumência tranqüila. Muita confusão, gritos, baixarias, protestos internos e, segundo informações, atitudes de terrorismo marcaram mais este ato histórico para a política em Jataí.

A reportagem da Agência Barros Dourado Comunicação ouviu dois funcionários do Parlamento Jataiense e, ambos, não se negaram a confirmar o que, até então eram meros boatos. Segundo informações destes servidores (iremos manter seus nomes no anonimato para que ambos não venham a sofrer perseguições), nos confirmaram ter havido muitas agressões verbais na quinta-feira, 6, primeiro dia do vereador Cidão Fazolino na Presidência. Segundo nossas fontes internas, as agressões verbais por pouco não se transformaram em agressões físicas. Além dos muitos xingamentos, palavrões, acusações, houve ameaças e muitos dedos em riste apontados na cara uns dos outros, dentre os que promoveram a balbúrdia naquele momento, uma confusão que estremeceu as estruturas do Palácio das Abelhas, sede da Câmara de Vereadores de Jataí. “Isto aqui está um verdadeiro terrorismo” – revelou um assessor parlamentar.

Em seu primeiro dia de comando, o vereador Cidão Fazolino, segundo informações, ordenou que todas as portas de todas as salas do setor administrativo do Parlamento Jataiense fossem trancadas. As fechaduras destas portas foram todas trocadas. Além disso, o vereador Cidão Fazolino determinou a demissão de alguns funcionários comissionados. Um deles, segundo uma de nossas fontes, foi o fotógrafo Amarildo Gonçalves que, ao ser demitido nesta segunda-feira, 10, ainda fora obrigado a consolar sua filha de 8 anos, que saiu aos prantos e desesperada pela situação do pai. “Foi uma cena de cortar o coração” – comentou um assessor parlamentar, nosso informante.

Segundo informações, além do fotógrafo, também foram demitidos o procurador jurídico Leonardo Melo do Amaral (recém-empossado no cargo por aprovação em concurso público) e também o advogado Rildo Mourão. Outros demitidos pelo vereador Cidão Fazolino: Ozélio de Assis, Lívio Assis Costa (chefe do gabinete do vereador Ediglan Maia, enquanto presidente), Nadir “Porteiro”, Pastor Humberto, Wellington Teixeira, Marcelo Tosta e Karen Stecca.

Além das demissões, nossas fontes informativas afirmaram que o vereador Cidão Fazolino determinou o corte de todas as gratificações que o vereador Ediglan Maia (PSDB), no curto exercício da Presidência, teria dado aos servidores da Casa. “Agora há um documento assinado pelo prefeito Fernando Peres autorizando um aumento de até 150% somente para os cargos do primeiro escalão, mas o Ediglan havia concedido um reajuste de 150% para todos os servidores aqui da Câmara Municipal, inclusive porteiro, faxineiros, guarda e copeiros, e o vereador Alcides cancelou tudo” – disse uma de nossas fontes.

Uma semana depois de iniciados os efeitos colaterais da brusca troca de comando no Parlamento Jataiense sob o aval da “Justiça”, o que se percebe até hoje é um quadro caótico com funcionários mudos, aterrorizados, incertos a respeito dos seus futuros... O medo, a insegurança e muita insatisfação ainda predominam nos bastidores do, aparentemente, calmo Poder Legislativo de Jataí. E só quem vive ali dentro o dia-a-dia conhece e sente na pele a real e inusitada situação a que vereadores, servidores e funcionários (e até o povo jataiense, por conseqüência indireta) foram obrigatoriamente submetidos por um comando que, segundo informações, usa a humildade apenas quando está diante das câmeras fotográficas ou de televisão, ou falando nos microfones das emissoras locais de rádio.