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25 de mar. de 2008

Estranho objeto não emite radioavitidade, mas sua procedência ainda é um enigma intrigante

Terry Marcos Dourado - ABD Comunicação
Com informações do Terra News
O estranho objeto metálico não-identificado encontrado no último final de semana em uma fazenda do muncípio de Montividiu, no Sudoeste Goiano, ainda é um enigma a ser decifrado. Técnicos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) retiraram o objeto de um metro de diâmetro do local. Instituições de Goiás podem ajudar a desvendar o objeto.
A Secretaria de Saúde de Goiás entrou em contato com o Cnen na tarde desta segunda-feira, 24. À noite, dois técnicos chegaram ao local e realizaram um teste radiométrico, para descobrir se o objeto emitia radiação. Como não havia indícios de radiotividade, o material foi levado à sede da Cnem, em Abadia de Goiás.
Segundo a Cnen, a Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Brigada de Materiais Perigosos do Exército em Goiás foram contatadas para contribuir na definição da origem e finalidade do objeto. Há ainda quem acredite que a estranha esfera metálica seja peça de um ovni (objeto voador não-identificado).
Especialista especula que objeto seja lixo espacial,
mais precisamente um tanque de combustível
Com informações do site Opopular On Line
Tudo indica que o estranho objeto que caiu em Montividiu (interior de Goiás) neste fim de semana é mesmo um pedaço de lixo espacial - possivelmente um tanque de combustível. A avaliação preliminar, feita com base na fotografia publicada pelo site G1, é do engenheiro aeroespacial Petrônio Noronha de Souza, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Ele alerta que, em casos como esses, deve-se isolar a área e manter distância do destroço orbital, porque ele pode conter resquícios de substâncias tóxicas.
"Eu não recomendaria que ninguém se aproximasse do objeto. O ideal é chamar os bombeiros ou outros especialistas com equipamento que lhes permita lidar com material tóxico", disse Souza ao G1 por telefone. "Após a reentrada, pode até ser que o material esteja totalmente inerte, mas é melhor não arriscar."
Ao contrário do que circula no imaginário popular, é relativamente raro que satélites ou seus fragmentos contenham material radioativo. "E, quando está presente, ele fica encapsulado em cilindros que são virtualmente indestrutíveis. Certamente não é o caso desse objeto que caiu em Goiás", afirma o pesquisador do Inpe.
Embora as imagens do objeto deixem alguma margem para dúvida, "ele tem todo o jeito de um tanque de combustível", diz Souza. "Não dá para saber se é uma sobra de satélite ou foguete. Pode ser que ele tivesse outras partes, que foram consumidas durante o atrito com a atmosfera. Mas, decerto, não se trata de uma peça de avião nem de balão."
A estrutura em gomos, que lembra vagamente uma colméia, tem a ver com a maneira como essas estruturas são produzidas, de acordo com o especialista - no processo, materiais como fibra de carbono são "tecidos" ou "trançados" até adquirir essa aparência. Na verdade, trata-se de uma manta enrijecida que é bastante resistente ao atrito.
Também não é possível saber, apenas com as fotografias, se o objeto original era totalmente esférico ou se tinha a forma de uma ampola ou cápsula. O tanque poderia conter hidrogênio e oxigênio líquidos - nesse caso, os combustíveis certamente foram consumidos por inteiro. No entanto, também é possível que ele contivesse propelentes como a hidrazina, o mesmo combustível de foguetes usado por um satélite-espião recentemente derrubado pelos militares dos EUA. A hidrazina é altamente tóxica, podendo causar danos severos aos sistemas respiratório e nervoso.

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