Terry Marcos Dourado - ABD Comunicação
Uma chácara de propriedade do médico e vereador João Wesley Cabral de Moura (PP) serviu de cenário para a segunda reunião política entre os partidos que, neste momento, tendenciam a apoiar uma eventual candidatura do empresário Humberto de Freitas Machado (PMDB) a prefeito no pleito municipal de 5 de outubro. O ambiente era de muita descontração entre os líderes políticos.
A reunião foi coordenada pelo presidente do PSDB em Jataí, o vereador e presidente do Legislativo Jataiense, Ediglan da Silva Maia, que não descartou estar trabalhando para consolidar sua candidatura à Assembléia Legislativa, em 2010.
Durante o encontro, muito se discutiu e os pontos em comum das falas foram a “coesão” e a “unidade partidária”. Em seu pronunciamento, o vice-presidente do PMDB em Jataí, Humberto Machado adotou um discurso consciente e colocou sua provável candidatura a prefeito à disposição deste grupo de partidos e também do povo jataiense. Machado ratificou a garantia de que as especulações sobre sua possível inelegibilidade por problemas no Tribunal de Contas dos Municípios não passam de fofocas, intrigas maldosas de adversários temerosos com a força que o seu nome mantém junto ao povo.
Os vários presidentes de partidos e de associações de moradores de bairros presentes ao encontro chegaram ao consenso de que o progresso precisa retornar ao município. Participaram da reunião, representantes dos partidos PSDB, PP, DEM, PMDB, PDT, PCdoB, PRTB, PRB, PSC e PT.
Uma vela para “Deus”, outra para o “Diabo”...
Leva o apoio quem oferecer a garantia mais vantajosa
Não é de hoje que se pratica política usando a filosofia mercantilista, ou seja, respeitando, também na política, a famosa “lei da oferta e da procura”. Parte dos partidos que se reuniram nesta quarta-feira, 20, com Humberto Machado e Ediglan Maia, segundo informações vai estar se reunindo nesta sexta-feira, 22, com o prefeito Fernando Peres.
Nesse momento, em Jataí, PMDB e PR, quer queiram ou não são os focos principais do próximo pleito eleitoral municipal, estão à “caça” de apoios para aglutinar força para vencer a disputa. Agindo com coerência e firmeza na decisão, sem meios-termos, há partidos como o próprio PSDB que já se posicionou como oposição ao atual prefeito, Fernando Peres (PR) e ao seu projeto de reeleição. Outras siglas, a exemplo do PT, PRTB, PHS, PSB, e mais alguns, permanecem divididos, ou indecisos quanto à uma definição.
Estas siglas políticas, aparentemente indecisas, na verdade são partidos com certo grau de falta de sintonia interna, a exemplo do PT jataiense, onde a presidente da Executiva Municipal, Maria Euzébia “Bia” de Lima, não tem qualquer simpatia pelo projeto de reeleição do atual prefeito, o republicano Fernando Peres (FHP). Ao contrário de uma parcela significativa de membros do da própria Executiva Municipal e dentre o rol de filiados, que desejam apoiar FHP, concretizando, ai, uma desarmonia interna no partido.
O mesmo ocorre dentro do PSDB, onde até o vice-prefeito Adilson Morais já não sabe mais o que quer para o seu futuro político, e brada por ai que é pré-candidato a prefeito, correndo sérios riscos de, desta feita sem possuir um programa de rádio para lhe dar uma “mãozinha”, não se eleger nem mesmo a vereador.
Outro exemplo de “indefinição” estratégica seria Geovan Freitas Carvalho que, no comando do PSB em Jataí, ele que foi coordenador da campanha de Fernando Peres à prefeitura, em 2004, e chegou a ser secretário geral do Governo FHP, agora, por motivos de descontentamentos desconhecidos, parece estar com intenções de virar-lhe as costas no pleito municipal deste ano, segundo boatos de bastidor e apoiar um candidato de oposição a Fernando Peres.
A verdade é que, exceções à parte, tais partidos ficam balançando de um lado para o outro. Ora, tendenciam a marchar com a situação; ora, com a oposição. E na hora certa, o bote certeiro será dado e, assim, PMDB ou PR, quem fizer a melhor garantia ou a oferta mais rentosa (inclui-se aqui a Vice-Prefeitura), levará o apoio. Neste quesito, Fernando Peres fica um pouco na desvantagem porque, em 2004, ao vencer a prefeitura, esqueceu de honrar todos os compromissos feitos com todos os partidos que lhe apoiaram na maior coligação da história política jataiense.
E vamos falar sério, não? Esse papo de “agir pensando no melhor para Jataí” é balela, é a tal “conversa pra boi dormir”. Partidos políticos, idem seus comandantes, gostam mesmo é de receber “mimos”, “muuuuuuuuuuito carinho”. (tsc) Você sabe a que me refiro, não é mesmo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário