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25 de jan. de 2008

Preso em SP, jataiense suspeito de participar de furto no Masp nega envolvimento direto no crime

Agência Barros Dourado Comunicação, com informações do G1 e da Folha Online
São Paulo, SP - O delegado diretor do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic), Youssef Abou Chahin, informou à imprensa nacional que o goiano de Jataí, Moisés Manoel de Lima Sobrinho, de 25 anos, confessou que esteve cinco vezes no Museu de Arte de São Paulo (Masp), mas negou ter participado do furto dos quadros. Mais cedo, o advogado do suspeito, Humberto Macchione de Paula, afirmou que ele se manteve calado durante o depoimento.
No último dia 16, o fazendeiro Manoel Martins de Lima, pai do acusado, que mora em Jataí, fez um apelo em reportagem exibida no Jornal Nacional, da TV Globo, para que o filho se entregasse. “Se tiver me ouvindo, que se entregue para resolver a situação”, disse. Lima havia estado com o filho dois dias depois do roubo das telas. O rapaz passou as festas de fim de ano na fazenda da família, em Jataí (GO) e depois, viajou de volta para São Paulo. Na ocasião, o pai disse que pressentiu que algo errado estava acontecendo, mas garante que ficou sabendo da história pela televisão.
A polícia concluiu, no entanto, que Moisés fez o planejamento da ação, pois esteve cinco vezes no local, entendia de arte e viu por onde seria possível entrar. "Ele confessou que um macaco hidráulico seria suficiente para arrombar a porta do museu. Foi ele quem escolheu os quadros. Ele sabia quais eram os mais valiosos. Citou, inclusive, vários artistas em seu depoimento: Van Gogh, Monet e Renoir." – disse o delegado.
Segundo o diretor do Deic, o suspeito teria ficado em casa durante a ação. "A polícia ainda não sabe se isso é verdade. Será objeto de investigação", disse. A polícia acredita que ele tenha anotado as obras mais famosas em suas visitas ao Masp. "Ele seria o consultor técnico da equipe", comentou Chahin. Cumprindo prisão temporária, Moisés está sendo indiciado por formação de quadrilha e furto. Pode pegar cerca de oito anos de prisão.
Sobre a pessoa que teria encomendado as obras, o delegado disse que Moisés afirmou no depoimento não ter qualquer informação. Disse apenas que conheceu Robinho e era ele quem tinha o plano. O delegado conta ainda que ele alegou também que não sabe ao certo para onde as obras iriam, mas diz que ouviu falar que os quadros seriam enviados para a Arábia Saudita. "Muitas dessas informações ainda têm de ser apuradas", afirmou o delegado.
Segundo a polícia, Moisés, que tem curso superior incompleto e veio para São Paulo para trabalhar como chefe de cozinha em um bom restaurante. Ele não foi denunciado, mas a polícia suspeita que o terceiro participante do furto seja ele. O delegado afirmou que Moisés disse no depoimento que Robinho teria recebido uma encomenda. "Concluímos que existe um receptador das obras. Moisés, no entanto, não mencionou o nome de qualquer comprador interessado. Apenas que ficaria com 20% do valor obtido com a venda dos quadros." Entretanto, esse valor não foi mencionado no depoimento.
O delegado Adilson Marcondes teria entrado em contato com a família de Moisés na quarta-feira. "Ele não é um marginal que está acostumado a fugir. Ele não tem antecedentes criminais. Para uma pessoa, entre aspas, normal, é muito difícil simplesmente desintegrar. O doutor Adilson argumentou que ele não teria condições de ficar fugindo", disse Chahin, ressaltando que o Deic está aceitando a colaboração de toda a polícia brasileira na solução do caso.
Antes da coletiva com o delegado e logo após as três horas de depoimento, o advogado de Moisés disse que ele "se reservou ao direto de permanecer calado" durante o depoimento. Segundo o advogado, Moisés respondeu somente a primeira questão formulada pelo delegado Adilson Marcondes.
O advogado disse que, perguntado sobre a participação em tentativas anteriores de furto no museu, o suspeito negou e disse que usaria o direito de falar apenas em juízo. De acordo com o advogado, Moisés se entregou por volta das 10h30min no Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic), na Zona Norte de São Paulo.

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