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5 de jan. de 2008

Retaliações do prefeito ao vice podem virar processo judicial. Adilson Morais está isolado na prefeitura

O PRESIDENTE DO LEGISLATIVO JATAIENSE, VEREADOR EDIGLAN MAIA (PSDB) DENUNCIOU, AO DISCURSAR NA SESSÃO DE SUA POSSE, QUE O VICE-PREFEITO ADILSON MORAIS (PSDB) ESTÁ SENDO VÍTIMA DE RETALIAÇÃO POLÍTICA DO PREFEITO FERNANDO PERES (PR).
SEGUNDO MAIA, OS TELEFONES DO GABINETE DO VICE-PREFEITO TIVERAM AS LINHAS CORTADAS, O CELULAR PRIVATIVO FOI TOTALMENTE BLOQUEADO, O SEGREDO DA PORTA DE ACESSO À GARAGEM DO VICE-PREFEITO FOI TROCADO E NÃO REPASSADO A ADILSON MORAIS QUE, SEQUER, TEM ASSESSOR PARA ATENDER O POVO EM SEU GABINETE.
A DENÚNCIA FOI PUBLICAMENTE CONFIRMADA PELO VICE-PREFEITO, NA MESMA SESSÃO DE POSSE.
A COMÉDIA REAL FAZ ACREDITAR QUE TUDO NÃO PASSA DE "BIRRINHAS POLÍTICAS" ENTRE POLÍTICOS "ADULTOS". O CASO PODE IR PARAR NA JUSTIÇA.
Jataí, GO - “Meu vice-prefeito (Adilson Morais, PSDB), desde o início, nunca aceitou a condição de vice e sempre tentou dificultar meu relacionamento com os aliados. Ele é uma pessoa difícil de se relacionar. Foi ele quem rompeu comigo pela primeira vez no primeiro ano. Fiquei 15 das na Europa em uma missão com o governo do Estado e ele foi prefeito durante esse período. Quando voltei, percebi que ele tinha pegado gosto pelo cargo” – disse o prefeito de Jataí, Fernando Henrique Peres (PR), ao repórter Fernando Machado, do jornal “Tribuna do Sudoeste”, do Grupo Tribuna do Planalto, de Goiânia, em entrevista publicada na edição do dia 12 de novembro.
Na mesma entrevista, Peres fez novas provocações ao seu vice, Adilson Morais, dizendo que, na semana seguinte ao seu regresso da Europa, Morais usava a mídia tentando jogar a opinião pública contra ele, o prefeito. “No segundo ano (de mandato, 2006), ele (Adilson Morais) rompeu de novo. Ameaçou um retorno este ano, mas recuou em seguida. Na verdade, a convivência dele (Adilson Morais) é com o ex-prefeito Humberto Machado, do PMDB.” – atacou o prefeito.
Ao ser questionado sobre sua relação pessoal com o vice-prefeito Adilson Morais, Fernando Peres contradisse ao que disse na última entrevista concedida à Agência Eldorado. À Tribuna do Sudoeste, o prefeito disse exatamente isso: “A grande verdade é que o Adilson sequer freqüenta a prefeitura. No final do mês, ele aparece para receber. Felizmente, a lei obriga que o cargo seja transmitido ao vice somente quando a ausência é maior do que 15 dias. Eu fico fora de Jataí no máximo três dias” – afirmou o prefeito.
Ao ser questionado sobre quem ele irá escolher para ser seu vice na disputa pela reeleição, Fernando Peres assim respondeu: “O Adilson (Morais, atual vice-prefeito) naturalmente seria a última pessoa. Seria difícil montar uma chapa com ele porque, mesmo se existisse uma reconciliação entre a gente, seria ruim para mim. Ele está muito “queimado”. A tendência é que eu seja o candidato, mas, se eu não estiver bem na época de definir a candidatura, vou apoiar outra pessoa dentro do nosso grupo. No momento, o meu nome é o mais forte, só que não vou colocar todo um projeto em risco por causa de vaidade pessoal. Se eu estiver bem, vou pra reeleição. Não tenho apego ao poder. Temos outros nomes importantes” – disse à reportagem da Tribuna do Sudoeste.
Em 23 de março de 2007, o prefeito Fernando Henrique Peres (PR), em sua última entrevista à Agência Eldorado, deu uma versão completamente diferente sobre uma eventual nova “parceria” com Adilson Morais. Leia, a seguir, o trecho da entrevista que ele concedeu-me:
“(...) E quem seria seu parceiro ideal para uma nova disputa pela prefeitura em 2008?
Fernando – Existem vários nomes importantes dentro do nosso grupo e seria muito temeroso eu citar algum nome no momento. Talvez o próprio atual vice (Adilson Morais, PSDB), não sei o que vai acontecer daqui até lá, desconheço quais as intenções dele, mas são nomes que temos dentro do nosso grupo político que, com certeza, irão somar muito e, se eu sair candidato, sairei com força total. Essa, é a certeza que eu garanto. Eu não estou para brincadeira. Se eu for o candidato a reeleição, eu o serei com força, com o apoio das nossas autoridades estaduais e federais e com o apoio da maioria absoluta dos partidos políticos de Jataí.
O seu atual vice-prefeito, Adilson Morais, que o sr. acaba de citar... Independente dos atritos ocorridos recentemente, O sr. gostaria de tê-lo como seu vice num eventual segundo mandato?
Fernando – Isso depende do momento. Hoje, estamos voltando a ter um bom relacionamento. Esse relacionamento foi rompido por ele em duas oportunidades, mas voltamos a nos relacionar bem, estamos conversando. Eu não sei o que poderá acontecer. Isso não depende somente de mim, depende dele e da sociedade. Ele tem um futuro político bom, depende dele. Mas, as mudanças são normais. Se houver a necessidade de uma troca, isso é natural e vou encarar isso com naturalidade.”
Vice ignorou provocações do prefeito
Procurado pela reportagem da Gazeta Eldorado para comentar as declarações de Fernando Peres, o vice-prefeito de Jataí Adilson Morais disse que, no momento, não há o que dizer, mas garantiu que não está decepcionando o povo jataiense, principalmente aqueles que o elegeram, pois tem cumprido diariamente a sua função de vice-prefeito, ora atendendo em seu gabinete, ora visitando os bairros.
Adilson disse também que, nos momentos em que é solicitado a representar o prefeito ou o município, ele tem cumprido com seriedade e competência a missão. “Mas, isso quase não tem ocorrido neste período em que estou no cargo” – afirmou, ressaltando que a única vez em que recebeu uma missão do prefeito Fernando Peres, não teve a sua atuação criticada quando assumiu a prefeitura em substituição ao titular no período de 21 de outubro a 7 de novembro de 2005, em razão da viagem de Peres à Europa na comitiva do então governador Marconi Perillo, pelo contrário, recebeu elogios de companheiros e até mesmo de adversários políticos por seu estilo de administrar.
A respeito da declaração de Fernando Peres onde ele afirma na entrevista que Adilson Morais “naturalmente seria a última pessoa” que ele gostaria de ter como parceiro político na disputa pela reeleição em 2008, por ser um cidadão “muito queimado”, o vice-prefeito não quis retrucar para não polemizar. Adilson Morais disse apenas que enquanto o prefeito está preocupado em promover acusações gratuitas contra ele (Adilson) na mídia, Morais continua não perdendo tempo mantendo seu ritmo de trabalho em prol da comunidade jataiense. “Além de trabalhar pela comunidade, tenho orado muito para que ele (o prefeito) consiga responder aos quase dez inquéritos no Ministério Público e no Tribunal de Contas dos Municípios e consiga convencer a todos da sua honestidade – disse.
"Birrinhas" políticas e novos métodos de ataque?
Durante a campanha política de 2004, o então candidato a prefeito Fernando Henrique Peres (pelo PL, hoje PR), fez em praticamente em todos os comícios uma promessa pública ao então candidato a vice-prefeito em sua coligação, o radialista Adilson Morais: “Adilson, a estrutura que o Humberto (Machado, à época prefeito tendo o próprio Fernando Peres como vice) não me deu, eu vou te dar...”. Outra promessa feita por Peres: “Jataí, a partir de 1º de janeiro de 2005, terá não apenas um prefeito, mas dois prefeitos atendendo o povo...”
Plenário da Câmara de Vereadores de Jataí, terça-feira, 1º de janeiro de 2008. Solenidade de posse da nova Mesa Diretora do Parlamento Jataiense.
Durante seu primeiro pronunciamento como presidente, o vereador Ediglan Maia (PSDB), ao se referir ao companheiro de partido, o vice-prefeito Adilson Morais, presente à solenidade, tornou públicas situações que deixaram a enorme platéia estupefata. Segundo o presidente do Legislativo Jataiense, o prefeito Fernando Henrique Peres estaria usando novos métodos na tentativa de enfraquecer politicamente o seu vice, Adilson Morais, junto a opinião pública.
Maia denunciou que o prefeito teria mandado trocar o segredo da porta principal que dá acesso à garagem exclusiva do vice-prefeito, pelos fundos do gabinete. Segundo o presidente do Legislativo Municipal, só o prefeito tem acesso ao novo segredo da porta. Além disso, segundo a denúncia, misteriosamente e coincidentemente no mês de dezembro, foram cortadas as linhas telefônicas 3632-8813 (recepção do gabinete do vice-prefeito) e 3632-8814 (telefax direto do gabinete do vice-prefeito). Hoje, quem liga no telefone geral da prefeitura, o 3632-8800, não consegue falar no gabinete do vice-prefeito, pois não há linha para transferência. A linha de celular privativa do vice-prefeito, 8403-9519, também foi bloqueada em dezembro, tanto para receber quanto para fazer chamadas.
Segundo informações apuradas pela reportagem, em dezembro, o senador Marconi Perillo (PSDB), tentou falar com o vice-prefeito Adilson Morais em um dos telefones da prefeitura (Centro Administrativo Municipal). Perillo não conseguiu falar com o vice-prefeito, pois teria recebido a informação de que “o mesmo não se encontrava na prefeitura” (???), e foi orientado a ligar na residência de Adilson Morais e, somente desta forma foi que o senador conseguiu falar com Adilson Morais e convidá-lo para um jantar em sua residência no Condomínio Alphaville, em Goiânia, no dia 19 de dezembro. Outras informações repassadas à reportagem afirmaram ter ocorrido a suspensão do fornecimento de água e cafezinho e a retirada de uma funcionária do gabinete do vice-prefeito Adilson Morais, logo após o primeiro desentendimento político ocorrido entre o prefeito Fernando Peres e seu vice, em 2005.
Após as denúncias feitas pelo presidente Ediglan Maia, só restou ao vice-prefeito Adilson Morais confirmá-las quando da sua vez de falar ao público presente à solenidade. Envergonhado pela situação exdrúxula e ridícula por que passa, o vice-prefeito confirmou uma a uma todas denúncias explicitadas por Ediglan Maia e disse desconhecer os motivos que teriam levado o prefeito a tais procedimentos.
Vice-prefeito injustiçado
Voltando um pouco no tempo, quem acompanhou os bastidores da campanha eleitoral da então dupla Fernando Henrique Peres e Adilson Carvalho de Morais, candidatos a prefeito e a vice respectivamente no pleito de 2004, sabe que a atuação de Adilson Morais foi decisiva para a vitória do vice-prefeito à época, que pôs fim ao monopólio político de 28 anos do PMDB no município (1976 a 2004). Adilson Morais foi uma espécie de “avalista político” para que o então prefeitável Fernando Peres conseguisse aglutinar o apoio decisivo do PSDB do então governador Marconi Perillo. Resultado: vitória nas urnas com mais de 24 mil votos.
Durante os showmícios da campanha eleitoral, Fernando Peres sempre prometeu que daria oportunidades ao seu vice-prefeito, caso fossem eleitos. Por várias vezes, chegou a dizer que “Jataí teria, a partir de 1º de janeiro de 2005, não um mas dois prefeitos para atender o povo”. Mas, segundo informações, a consolidação da vitória mudou os planos e as atitudes do prefeito eleito, principalmente após uma reunião ocorrida em 23 de janeiro de 2005, na residência do ex-presidente do Legislativo Jataiense, Beltrônio Ferreira de Melo Filho (Bió).
Participaram da reunião vários membros do PSDB municipal, além do prefeito Fernando Peres e de seu irmão, o então secretário geral da prefeitura, José Renato Assis. Neste encontro, o vice-prefeito Adilson Morais e o vereador Ediglan Maia alertaram o prefeito sobre os gastos excessivos com publicidades e eventos, falta de um planejamento administrativo e a não valorização dos partidos da base que foi fundamental para a vitória de Peres nas urnas. Naquela noite, o vice-prefeito Adilson Morais disse ao prefeito Fernando Peres que haviam assessores que estavam extrapolando em suas funções a ponto de passar por cima da autoridade do próprio prefeito. Adilson alertou, naquele momento, que se não houvesse uma urgente reavaliação do sistema administrativo municipal, a gestão do prefeito Fernando Peres fatalmente enfrentaria sérios e graves problemas no futuro.
Coincidência ou fatalidade, o prefeito Fernando Peres teria ignorado os alertas dados por Adilson Morais e Ediglan Maia e, como resultado, enfrenta hoje uma forte e, talvez irreversível crise administrativa. Além das inúmeras denúncias de práticas de improbidades administrativas que tramitam no Ministério Público, Tribunal de Contas dos Municípios, na Polícia Federal e na Polícia Civil, a Administração Fernando Peres paga o preço de um possível descaso e de uma provável arrogância, pois não conseguiu realizar obras com recursos próprios (segundo informações, as obras inauguradas até o momento pela prefeitura só aconteceram em razão da liberação de recursos federais, ou estaduais ou recursos oriundos de devoluções de sobras da Câmara de Vereadores). Além disso, os servidores municipais estão com seus vencimentos atrasados. Os fornecedores e prestadores de serviços da prefeitura há tempos não vêem a cor do dinheiro que a prefeitura lhes deve.
Em quase quatro anos de mandato, o prefeito Fernando Henrique Peres só confiou a seu vice - cidadão que, segundo se sabe, nunca o prejudicou e, até o momento, nunca o agrediu verbalmente - uma única inauguração, a da passarela sobre a Rua 2, no início da gestão. Um outro momento em que Adilson Morais teve uma atuação importante foi quando, por força da lei, Fernando Peres teve que transmitir o cargo de prefeito ao vice, no período de 21 de outubro a 7 de novembro de 2005, por ocasião de uma viagem à Europa, como membro da comitiva do Governo de Goiás. Mas, um detalhe: na condição de prefeito em exercício, Adilson Morais só governou mesmo por quatro dias úteis, pois, neste período houve dois recessos por pontos facultativos não havendo expediente municipal.
Hoje, sem a menor perspectiva de recuperação do diálogo e de um relacionamento político harmônico e pautado pelo companheirismo, corre às bocas pequenas que, se até o final de janeiro toda a estrutura funcional do gabinete do vice-prefeito não for restabelecida, Adilson Morais irá recorrer à Justiça para fazer valer seus direitos constitucionais. Afinal, como um vice-prefeito poderia trabalhar e prestar um serviço de qualidade ao povo, sem dispor das mínimas condições funcionais de um gabinete?
Segundo informações, enquanto no gabinete do prefeito (e em todos os outros gabinetes da prefeitura) tem de tudo, no gabinete do vice mal há cadeiras para o povo sentar. A informação parece uma piada ridícula e de mal gosto, mas infelizmente é a mais pura verdade. Picuinhas políticas são até aceitáveis, mas “birrinhas” infantis, onde se esconde isso ou aquilo e manda cortar isso ou aquilo só para prejudicar a imagem política de alguém, se realmente for isto o ocorrido, é algo tão surreal e mesquinho que chega a dar ânsia de vômito.
Terry Marcos Dourado
Imagens: Arquivo Eldorado
1) Vice-prefeito Adilson Morais (E) e o prefeito Fernando Henrique Peres (D), instantes antes da transmissão do cargo de prefeito ao vice por ocasião da viagem de Peres à Europa, em 21 de outubro de 2005.
2) O momento do último abraço entre o prefeito Fernando Peres e seu vice, Adilson Morais, em 21 de outubro de 2005. Cena testemunhada, ao fundo, pelo presidente do Legislativo, à época, vereador Ediglan Maia.
3) Na solenidade de sua posse, em 1º de janeiro de 2008, o presidente do Legislativo, vereador Ediglan Maia (PSDB), denunciou retaliações do prefeito Fernando Peres contra o vice-prefeito Adilson Morais.
4) 19/12/2007: Convidado pelo senador Marconi Perillo (PSDB-GO), para um jantar informal em sua residência, em Goiânia, o vice-prefeito Adilson Morais revelou que Perillo, no pleito municipal deste ano, irá subir no palanque do prefeitável que tiver o apoio do diretório jataiense do PSDB.
5) À época, governador do Estado, o apoio de Marconi Perillo foi decisivo para a vitória com mais de 24 mil votos do então candidato a prefeito pelo PL, Fernando Peres (D). Para consolidar o apoio, o então candidato a vice, Adilson Morais (E), funcionou como um "avalista político" de Peres junto ao governador.

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