Hífen ( - )
Não se usará mais:
1. quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes ser duplicadas, como em "antirreligioso", "antissemita", "contrarregra", "infrassom". Exceção: será mantido o hífen quando os prefixos terminam com r -ou seja, "hiper-", "inter-" e "super-"- como em "hiper-requintado", "inter-resistente" e "super-revista"
2. quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente. Exemplos: "extraescolar", "aeroespacial", "autoestrada".
Trema ( ¨ )
Deixará de existir, a não ser em nomes próprios e seus derivados.
Acento Diferencial
Não se usará mais para diferenciar:1. "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição)2. "péla" (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição com o artigo)3. "pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" e "lo")4. "pélo" (flexão do verbo pelar), "pêlo" (substantivo) e "pelo" (combinação da preposição com o artigo)5. "pêra" (substantivo - fruta), "péra" (substantivo arcaico - pedra) e "pera" (preposição arcaica)
Alfabeto
Passará a ter 26 letras, ao incorporar as letras "k", "w" e "y".
Acento Circunflexo ( ^)
Não se usará mais:
1. nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus derivados. A grafia correta será "creem", "deem", "leem" e "veem".
2. em palavras terminados em hiato "oo", como "enjôo" ou "vôo" -que se tornam "enjoo" e "voo". Acento Agudo ( ´ )
Não se usará mais:
1. nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia"
2. nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: "feiúra" e "baiúca" passam a ser grafadas "feiura" e "baiúca”.
3. nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com "u" tônico precedido de "g" ou "q" e seguido de "e" ou "i". Com isso, algumas poucas formas de verbos, como averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem.
Grafia
No português lusitano (de Portugal):
1. desaparecerão o "c" e o "p" de palavras em que essas letras não são pronunciadas, como "acção", "acto", "adopção", "óptimo" -que se tornam "ação", "ato", "adoção" e "ótimo".
2. será eliminado o "h" de palavras como "herva" e "húmido", que serão grafadas como no Brasil -"erva" e "úmido”.
O Brasil começa a se preparar para a mudança ortográfica que, além do trema, acaba com os acentos de palavras como “vôo”, “lêem”, “heróico” e muitas outras. A nova ortografia também altera as regras do hífen e incorpora ao alfabeto as letras k, w e y. As alterações foram discutidas entre os oito países que usam a língua portuguesa (uma população estimada hoje em 230 milhões) e têm como objetivo aproximar essas culturas.
Não há um dia marcado para que as mudanças ocorram, mas especialistas estimam que seja necessário um período de dois anos para a sociedade se acostumar com as alterações na grafia da língua portuguesa. A previsão é que a modificação comece em 2008.
O Ministério da Educação prepara a próxima licitação dos livros didáticos, que deve ocorrer em dezembro, pedindo a nova ortografia. Estes livros vão ser usados nas escolas públicas a partir de 2009.
De acordo com o representante brasileiro na CPLP (Comissão de Países de Língua Portuguesa), embaixador Lauro Moreira, a sociedade brasileira vai necessitar de um tempo para se adequar e acostumar às alterações, como ocorreu com a reforma ortográfica de 1971. Segundo ele, tecnicamente, a nova ortografia já poderia estar em vigor desde o início do ano. Isso porque a CPLP definiu que, quando três países ratificassem o acordo, ele já poderia ser vigorar. O Brasil ratificou em 2004. Cabo Verde, em fevereiro de 2006, e São Tomé e Príncipe, em dezembro.
A nova ortografia deveria começar, também, nos outros cinco países que falam o português (Portugal, Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste). Mas eles ainda não ratificaram o acordo. O problema é Portugal, que está hesitante. “Do jeito que está, o Brasil fica um pouco sozinho nessa história. A ortografia se torna mais simples, mas não cumpre o objetivo inicial de padronizar a língua. Atualmente, é preciso redigir dois documentos nas entidades internacionais: com a grafia de Portugal e a do Brasil, o que já não mais faz sentido”, afirmou o presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Marcos Vilaça.
Vilaça disse ainda que Portugal não tem motivos para resistir às alterações gramaticais. "Fala-se de uma pressão das editoras, que não querem mudar seus arquivos, e de um conservadorismo lingüístico. Isso não é desculpa", ressaltou.
Terry Marcos Dourado
Não há um dia marcado para que as mudanças ocorram, mas especialistas estimam que seja necessário um período de dois anos para a sociedade se acostumar com as alterações na grafia da língua portuguesa. A previsão é que a modificação comece em 2008.
O Ministério da Educação prepara a próxima licitação dos livros didáticos, que deve ocorrer em dezembro, pedindo a nova ortografia. Estes livros vão ser usados nas escolas públicas a partir de 2009.
De acordo com o representante brasileiro na CPLP (Comissão de Países de Língua Portuguesa), embaixador Lauro Moreira, a sociedade brasileira vai necessitar de um tempo para se adequar e acostumar às alterações, como ocorreu com a reforma ortográfica de 1971. Segundo ele, tecnicamente, a nova ortografia já poderia estar em vigor desde o início do ano. Isso porque a CPLP definiu que, quando três países ratificassem o acordo, ele já poderia ser vigorar. O Brasil ratificou em 2004. Cabo Verde, em fevereiro de 2006, e São Tomé e Príncipe, em dezembro.
A nova ortografia deveria começar, também, nos outros cinco países que falam o português (Portugal, Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste). Mas eles ainda não ratificaram o acordo. O problema é Portugal, que está hesitante. “Do jeito que está, o Brasil fica um pouco sozinho nessa história. A ortografia se torna mais simples, mas não cumpre o objetivo inicial de padronizar a língua. Atualmente, é preciso redigir dois documentos nas entidades internacionais: com a grafia de Portugal e a do Brasil, o que já não mais faz sentido”, afirmou o presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Marcos Vilaça.
Vilaça disse ainda que Portugal não tem motivos para resistir às alterações gramaticais. "Fala-se de uma pressão das editoras, que não querem mudar seus arquivos, e de um conservadorismo lingüístico. Isso não é desculpa", ressaltou.
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