Os vereadores José Wilson Arcângelo e Cleonésio Vendrúsculo protocolaram um polêmico requerimento na Câmara Municipal de Chapadão do Céu solicitando que o município se desmembre de Goiás e seja anexado ao Estado do Mato Grosso do Sul. A primeira etapa do processo está agendada para começar na próxima segunda, 18, quando os 9 vereadores votarão pela realização de uma consulta popular e estudo de viabilidade municipal para o rompimento.
Os autores do requerimento alegam total desrespeito e desconsideração da parte do Governo de Goiás com o município de Chapadão do Céu, principalmente no que tange à quase ausência de investimentos estaduais no município.
Chapadão do Céu está distante de Goiânia em 500 quilômetros, destes, 70 quilômetros ainda estão aguardando o tão prometido asfalto pelos governos de Marconi Perillo (PSDB) e de Alcides Rodrigues (PP). “Trata-se de um perigoso trecho arenoso de difícil tráfego nos períodos de seca, e de impossível trafego em período de chuva, o que tem gerado, além de danos materiais, mortes de cidadãos chapadenses em decorrência da demora e dificuldade no transporte de pacientes para tratamento mais especializado nas cidades de Jataí e Goiânia” – justificaram os vereadores.
Outro problema citado pelos autores do requerimento foi o fato de Chapadão do Céu ainda depender da Comarca de Jataí, há 180 quilômetros do município, enquanto que a sede da Comarca de Chapadão do Sul, em Mato Grosso do Sul, dista apenas 45 quilômetros, um percurso totalmente asfaltado. Além disso, os vereadores alegaram que a distância entre Chapadão do Céu e a capital sul-mato-grossense, Campo Grande, é de cerca de 380 quilômetros, com todo o trecho asfaltado. “Isto, por si só, justifica o interesse da população no desmembramento e posterior anexação” - disseram.
Todo o processo de desmembramento de Chapadão do Céu do território goiano e, posterior anexação do município ao Estado do Mato Grosso do Sul envolve providências constitucionais e legais a exemplo da consulta prévia à população envolvida, mediante plebiscito; a realização de um estudo de viabilidade municipal e consultas às Assembléias Legislativas dos dois estados.
Fundada pelo jataiense Alberto Rodrigues da Cunha, em 21 de agosto de 1982, Chapadão do Céu foi emancipada pela Lei 11.398, de 16 de janeiro de 1991, com publicação no Diário Oficial em 18 de fevereiro do mesmo ano. O primeiro prefeito e os primeiros vereadores do município foram instalados em 1º de janeiro de 1993. A área total da cidade é de 219.070 ha.(2.190,7 km²). Segundo o censo de 2006 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estadística (IBGE, há no municipio 5.338 habitantes e, destes, 3.564 são eleitores.
A agricultura é, sem dúvida, a principal atividade econômica no município. Responsável por aproximadamente 70% da arrecadação local e de 80% da movimentação financeira, é também o setor que gera mais empregos, direta e indiretamente. A produção agrícola utiliza cerca de 58% das terras do município.
Soja, milho e algodão são as principais culturas, com perspectiva de um mercado futuro de álcool e açúcar, sendo que a cana-de-açúcar já está começando a ser cultivada também no município, e diversas outras culturas complementares. Chapadão do Céu tem sido, nos últimos anos, um dos principais produtores de grãos do estado, ficando entre o 3° e 5° lugar em produção e entre o 1° e 3° em produtividade.
Enquanto a polêmica ganha corpo, fica uma pergunta: Caso Chapadão do Céu se desmembre de Goiás, o que hoje é “Chapadão do Céu – GO” será “Chapadão do Céu – MS” ou simplesmente “Chapadão do Sul-MS”?
Terry Marcos Dourado
Os autores do requerimento alegam total desrespeito e desconsideração da parte do Governo de Goiás com o município de Chapadão do Céu, principalmente no que tange à quase ausência de investimentos estaduais no município.
Chapadão do Céu está distante de Goiânia em 500 quilômetros, destes, 70 quilômetros ainda estão aguardando o tão prometido asfalto pelos governos de Marconi Perillo (PSDB) e de Alcides Rodrigues (PP). “Trata-se de um perigoso trecho arenoso de difícil tráfego nos períodos de seca, e de impossível trafego em período de chuva, o que tem gerado, além de danos materiais, mortes de cidadãos chapadenses em decorrência da demora e dificuldade no transporte de pacientes para tratamento mais especializado nas cidades de Jataí e Goiânia” – justificaram os vereadores.
Outro problema citado pelos autores do requerimento foi o fato de Chapadão do Céu ainda depender da Comarca de Jataí, há 180 quilômetros do município, enquanto que a sede da Comarca de Chapadão do Sul, em Mato Grosso do Sul, dista apenas 45 quilômetros, um percurso totalmente asfaltado. Além disso, os vereadores alegaram que a distância entre Chapadão do Céu e a capital sul-mato-grossense, Campo Grande, é de cerca de 380 quilômetros, com todo o trecho asfaltado. “Isto, por si só, justifica o interesse da população no desmembramento e posterior anexação” - disseram.
Todo o processo de desmembramento de Chapadão do Céu do território goiano e, posterior anexação do município ao Estado do Mato Grosso do Sul envolve providências constitucionais e legais a exemplo da consulta prévia à população envolvida, mediante plebiscito; a realização de um estudo de viabilidade municipal e consultas às Assembléias Legislativas dos dois estados.
Fundada pelo jataiense Alberto Rodrigues da Cunha, em 21 de agosto de 1982, Chapadão do Céu foi emancipada pela Lei 11.398, de 16 de janeiro de 1991, com publicação no Diário Oficial em 18 de fevereiro do mesmo ano. O primeiro prefeito e os primeiros vereadores do município foram instalados em 1º de janeiro de 1993. A área total da cidade é de 219.070 ha.(2.190,7 km²). Segundo o censo de 2006 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estadística (IBGE, há no municipio 5.338 habitantes e, destes, 3.564 são eleitores.
A agricultura é, sem dúvida, a principal atividade econômica no município. Responsável por aproximadamente 70% da arrecadação local e de 80% da movimentação financeira, é também o setor que gera mais empregos, direta e indiretamente. A produção agrícola utiliza cerca de 58% das terras do município.
Soja, milho e algodão são as principais culturas, com perspectiva de um mercado futuro de álcool e açúcar, sendo que a cana-de-açúcar já está começando a ser cultivada também no município, e diversas outras culturas complementares. Chapadão do Céu tem sido, nos últimos anos, um dos principais produtores de grãos do estado, ficando entre o 3° e 5° lugar em produção e entre o 1° e 3° em produtividade.
Enquanto a polêmica ganha corpo, fica uma pergunta: Caso Chapadão do Céu se desmembre de Goiás, o que hoje é “Chapadão do Céu – GO” será “Chapadão do Céu – MS” ou simplesmente “Chapadão do Sul-MS”?
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