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28 de mar. de 2008

Primeiro em Goiás, agora é a vez da austrália receber objeto misterioso que veio do céu

Terry Marcos Dourado - ABD Comunicação
Com informações do UOL/Folha Online
Um fazendeiro do norte da Austrália afirmou nesta sexta-feira, 28, ter encontrado uma grande peça redonda de metal retorcido. Ele diz acreditar ser parte de um foguete usado para lançar satélites de comunicação.
James Stirton encontrou o objeto metálico em novembro passado em sua propriedade, que fica a cerca de 800 quilômetros de Queensland, capital do Estado de Brisbane. Apesar de ter passado alguns meses da queda do objeto, o fazendeiro só começou a se perguntar do que se tratava e de onde a peça teria vindo na semana passada. "Eu estava dirigindo pela propriedade para checar o gado e percebi a peça próximo aos estábulos", contou Stirton.
"Eu conheço bastante sobre ovelhas e gado, mas não conheço muito sobre satélites. Mesmo assim poderia afirmar que se tratar de parte do tanque de combustível de algum satélite". Segundo o museu de energia de Sydney, não é incomum encontrar lixo espacial em áreas remotas da Austrália.
Goiás, Brasil – No último fim de semana, aqui no Brasil uma peça semelhante foi encontrada na cidade de Montividiu, no sudoeste do Estado de Goiás. Moradores da região onde a peça caiu acionaram o Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear) para verificar se a peça teria alguma substância radioativa. Após análise, o órgão não encontrou qualquer substância que representasse risco à saúde na peça, que tem cerca de 80 cm a 1 m de diâmetro e pesa entre 8 kg e 10 kg. Apesar de não ter identificado de onde teria vindo o objeto, de acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), é provável que a peça realmente seja lixo espacial.
Pentágono confirma destruição de
tanque de satélite desgovernado
Com informações do UOL e Folha Online
Nos Estados Unidos, o Pentágono informou nesta segunda-feira, 25, ter conseguido destruir o tanque do satélite espião desgovernado que ameaçava cair na Terra, mas foi atingido por um míssil e destruído na última quinta-feira, 21. O governo dos Estados Unidos já havia informado que o objeto espacial havia sido reduzido a pedaços do tamanho de bolas de futebol americano, mas não havia certeza sobre a destruição completa do tanque de combustível.
No compartimento havia cerca de 450 kg de uma substância altamente tóxica, a hidrazina, que ataca o sistema nervoso central e pode ser mortal em fortes doses. "Segundo a análise dos restos, temos um alto grau de certeza de que o tanque de combustível foi destruído e a hidrazina dispersada", declarou o general James Cartwright, citado em um comunicado do Pentágono.
Lançado em 2006, o satélite espião registrado como US 193 perdeu energia e seus sistemas de controles falharam logo após ser colocado em órbita, deixando-o descontrolado. A operação para destruir o satélite foi avaliada em um custo de US$ 40 milhões a US$ 60 milhões e foram utilizados mísseis SM-3, cujo software foi modificado para "reconhecer o satélite".
Desde 1957, quando a Rússia lançou o Sputnik, o primeiro satélite artificial da Terra, mais de 4.000 satélites já foram lançados ao espaço. Destes, cerca de 20% estão operando e o restante é lixo espacial.

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