Por FolhaOnline
São Paulo, SP - Policiais civis do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado) de São Paulo divulgaram nesta quinta-feira, 10, a foto do terceiro suspeito de envolvimento no furto dos quadros de Candido Portinari e de Pablo Picasso, que haviam sido levados do Museu de Artes de São Paulo (Masp), no dia 20 de dezembro. As obras foram localizadas em Ferraz de Vasconcelos, Grande São Paulo, na terça-feira (8), após a prisão de outros dois homens.
O suspeito ainda não localizado foi identificado pela Polícia Civil como Moisés Manuel de Lima Sobrinho, 25, natural de Jataí-GO. Há um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça contra ele.
A ação que resultou no furto das obras "O Lavrador de Café", de Candido Portinari, e "Retrato de Suzanne Bloch", de Pablo Picasso durou três minutos, como flagraram as câmeras do museu. A instituição não possuía alarme, sensor e seguro para acervo, avaliado em mais de US$ 1 bilhão. As obras voltam a ser expostas hoje com a reabertura do Masp, fechado desde a ocorrência do furto devido à fragilidade da segurança do prédio.
Os policiais chegaram até os quadros após a prisão de Francisco Laerton Lopes de Lima, 33, no último dia 27; e Robson de Jesus Jordão, 33, na terça-feira (8). Os dois presos negam participação no furto das telas. Mas admitem, segundo a polícia, envolvimento nas duas tentativas anteriores de roubo e furto ao museu. Os dois têm condenações por roubo de carro. Para a polícia, o crime foi encomendado. Ainda não há, no entanto, a identificação do mandante nem do possível comprador.
Segundo investigadores, as pinturas de Pablo Picasso e Candido Portinari foram furtadas do Masp (Museu de Arte de São Paulo) por ladrões de carro que não passaram das primeiras séries do ensino fundamental nem tinham noção nenhuma de arte. Até agora, duas pessoas foram presas. As fichas criminais de Robson Jesus Jordão e Francisco Laerton Lopes de Lima têm condenações por roubo de carro na zona leste de SP, mas não consta nenhum crime envolvendo furto de obras de arte.
Jordão não completou nem o ensino fundamental e Lima cursou apenas o primeiro ciclo (até a 4ª série). As obras permaneceram escondidas 19 dias em uma casa simples da periferia de Ferraz de Vasconcelos (Grande SP). A polícia foi levada ao local do crime depois de prender Jordão. A polícia agora tenta esclarecer quem são os proprietários da casa e se sabiam que o local era usado como esconderijo.
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