Terry Marcos Dourado - ABD Comunicação
Entrevista realizada por MSN
Nascida em Santa Helena de Goiás, mas residindo atualmente em Rio Verde, também no Sudoeste Goiano, a vida da cantora Lívia Detes, 20, está passando por uma mudança radical, porém positiva, desde novembro de 2008, quando estreou como concorrente no concurso nacional de revelação de novos talentos da música brasileira, o “Quem Sabe Canta”, do Programa Raul Gil, exibido nas tardes de sábado, pela Rede Bandeirantes de Televisão.
O pontapé de Lívia Detes para a fama nacional aconteceu novembro de 2008. À época, após receber uma ligação telefônica da produção do Programa Raul Gil, dizendo que ela estava selecionada para o concurso musical. Em 23 de novembro, Lívia Detes fazia sua estreia nacional, na Band, cantando "Paralelas", de Belchior, um clássico da Música Popular Brasileira (MPB).
Lívia Detes lembra, com muita emoção, deste momento inesquecível, pois, logo na estreia, ela conquistou dois preciosos pontos dos seis que era obrigado a conquistar para garantir vaga na final do concurso de novos talentos da música brasileira, o “Quem Sabe Canta”, do Programa Raul Gil.
Sua segunda apresentação não obteve um resultado tão satisfatório quanto à primeira. Lívia Detes interpretou a música “Casa no Campo”, composta por Zé Rodrix e Tavito, e gravada pela imortal Elis Regina. Na oportunidade, o júri definiu que a música não foi favorável ao timbre vocal de Detes. “Recebi um balde de água fria” – comenta a cantora, acrescentando que naquele momento estava mais acostumada com o ambiente televisivo e, portanto, bem mais calma e confiante do que em sua primeira apresentação, onde a tensão dominava. “E mesmo estando mais segura, não agradei aos jurados” – desabafa. Lívia recebeu um precioso ponto que lhe garantiu presença no programa seguinte, exibido no início de dezembro.
Em sua terceira participação no Programa Raul Gil, Lívia Detes interpretou a música “Sangrando”, gravada por Gonzaguinha, apresentação que fez com que a diretora teatral e produtora artística Marli Marley fosse às lágrimas por forte emoção. E para o programa seguinte, Detes escolheu o clássico nacional “Aquarela do Brasil”, composta por Ary Barroso. “Esta é uma música que eu sempre quis cantar” – comenta a cantora, confidenciando que havia planejado iniciar, com esta música, a sua trajetória no concurso do Programa Raul Gil, mas acabou por optar por deixá-la para mais adiante, num momento decisivo da disputa. E assim o fez.
“Aquarela do Brasil” proporcionou a Lívia Detes, uma cena única na história do Programa Raul Gil. A cantora goiana foi surpreendida pelo temido produtor musical e presidente do júri, José Messias, que ao elogiá-la, levantou-se da tribuna e a aplaudiu de pé. O gesto foi seguido pelos demais jurados e por toda a platéia, que a aplaudiu de pé, numa ovação absoluta e emocionante. “Fiquei completamente perdida e totalmente sem reação diante desta surpresa. Eu jamais, em toda a minha vida, imaginei passar por um momento assim. Foi uma emoção muito forte” – lembrou Detes.
Presente entre os 20 finalistas do concurso de novos talentos da música brasileira, o “Quem Sabe Canta”, a goiana Lívia Detes está concorrendo à gravação de um cd produzido por Raul Gil Júnior, o “Raulzinho”, diretor do programa apresentado pelo pai. Lívia Detes também concorre ao título de “Melhor Voz”, ou artista mais popular e comercial. Se for a escolhida, irá receber como prêmio um automóvel zero quilômetro.
Faltando três programas para o término do concurso, Lívia Detes concedeu uma entrevista exclusiva à ABD Comunicação/Gazeta Popular, compartilhada com a revista Foccus, na noite da quinta-feira, 5 de março, enquanto ainda se encontrava em Rio Verde (GO). Esbanjando muita simpatia e uma simplicidade rara no meio artístico, a cantora goiana que começa a conquistar fama nacional e a impressionar os mais temidos jurados de programas de calouros na televisão, a exemplo de Marli Marley e do produtor musical José Messias, aproveitou a entrevista para relatar um pouco da emoção que sente em realizar um sonho de criança: cantar no programa de Raul Gil, um dos maiores comunicadores da televisão brasileira. Confira, a seguir, a íntegra do nosso bate papo com Lívia Detes.
Como foi o início da sua carreira como cantora?
Lívia – Bom... Comecei a cantar aos nove anos, no aniversário da minha avó, dona Antônia. Meu tio Francisco (Tinto) foi quem tocou violão para mim. E depois, eu ainda pequena, continuei a cantar com ele em festas, em casamentos, e onde fosse possível. Cantei na banda do meu tio até os meus doze anos, ou seja, quando eu ainda morava em Santa Helena de Goiás, minha cidade natal. Aos doze anos de idade, mudei para Rio Verde e comecei a cantar aqui.
E como foi a continuidade da tua carreira musical, em Rio Verde?
Lívia – Aqui em Rio Verde, eu comecei a participar de festivais mirins e já obtendo boas classificações, ou seja, sempre em primeiro ou em segundo lugares. Então, comecei a conhecer os músicos aqui de Rio Verde através das minhas participações nos festivais. A partir dos meus 14 anos, eu cantava em barzinhos, apesar de ser muito nova na idade (risos). Daí, nunca mais parei de cantar na noite, seja em barzinhos ou em bailes, festas de formaturas, enfim, onde fosse possível cantar, lá estava eu (risos).
Qual foi o seu maior incentivo que a levou a se submeter a um teste para participar do Programa Raul Gil, na Rede Bandeirantes de Televisão?
Lívia – Bom... Chegou um momento que eu sentia que estava tudo muito parado na minha vida. Sempre as mesmas coisas, ou seja, sempre cantando em barzinhos, nos bailes, nas festas de formatura... Então, eu cheguei à conclusão de que eu queria e precisava de algo novo em minha vida. Uma experiência nova, entendeu? E desde eu criança, a minha família já me incentivava e dizia que, quando eu crescesse, eu iria cantar no (programa) Raul Gil.
Sério, Lívia?
Lívia – Sim. Principalmente minha avó, que já é falecida, era a minha maior incentivadora. Então, eu decidi correr atrás deste objetivo. Tenho um amigo que mora em São Paulo, ele é cantor, o Kaíke, que me ajudou muito.
Quando você se submeteu ao primeiro teste na televisão?
Lívia – Foi em dezembro de 2007. Como o Kaíke já morava lá em São Paulo, e ele até tinha gravado, à época, uma participação no programa do Raul Gil, há algum tempo atrás, ele já sabia como funcionava o esquema de participação no programa do Raul (Gil), sabia os locais e horários das inscrições, dos testes, enfim, todas as informações necessárias e, ele me repassou tudo isso, então eu fui tentar a sorte. Posteriormente, o Kaíke voltou a participar do Programa Raul Gil, ficando até as semifinais.
Hoje, na condição de finalista do concurso musical “Quem Sabe Canta”, de um programa de televisão em rede nacional, o Programa Raul Gil, você tem uma estratégia para vencer a disputa?
Lívia – Não. Não tenho nenhuma estratégia. O negócio é deixar as coisas fluírem naturalmente, não esquecendo, claro, de que o repertório é uma peça importante para vencer o concurso. Aliás, segurança, repertório e sorte, são fundamentais para a vitória (risos).
O que mudou na sua vida após a sua estréia como cantora, em um programa da Rede Bandeirantes de Televisão?
Lívia – Acho que, quando chega a hora certa, tudo acontece. Só posso te dizer, nesse momento, que estou muito feliz por estar entre os vinte melhores participantes do concurso. E isto, para mim, já é uma grande vitória. E sobre o que você perguntou sobre ter mudado algo na minha vida, posso te dizer que, até agora, não mudou muita coisa não. Continuo cantando aqui em Rio Verde e em outras cidades da nossa região. Continuo fazendo meus shows, trabalhando normalmente e, claro, me concentrando muito para enfrentar esta fase final do concurso musical do Programa Raul Gil.
Mas as pessoas já começam a te ver e a te tratar de uma forma diferente, não?
Lívia – Sim, claro. Acho que o que muda é a forma como as pessoas estão me vendo e me conhecendo agora, depois da minha participação no programa. A mídia, com certeza, ajuda muito a valorizar qualquer artista, seja um cantor ou mesmo um ator. As pessoas começam a nos ver com outros olhos e com maior interesse.
Como tem sido sua participação no Programa Raul Gil até o último programa exibido, em 28 de fevereiro?
Lívia – Bom, foram quatro programas, nos quais eu obtive seis votos para conseguir chegar à final do concurso. Vamos começar na próxima terça-feira (10 de março) a gravar as eliminatórias da grande final. E o público vai poder conferir esta gravação no sábado, 14 de março.
Você já pensa em gravar seu primeiro CD, Lívia?
Lívia – Sim, claro. Estou com um projeto para o final deste ano, o de gravar um cd, independente de qual for o resultado da minha participação na final do concurso musical do programa do Raul (Gil). Acho que a minha participação no programa do Raul (Gil) foi e está sendo um momento único na minha vida, uma porta que se abre para muitas coisas boas num futuro próximo, eu diria. Muitas pessoas que, antes, sequer me conheciam, agora estão tendo acesso ao meu trabalho e começando a me conhecer. E isto é fundamental na minha carreira artística.
Você já está com o repertório definido para o seu primeiro cd?
Lívia – Totalmente, ainda não. Estou selecionando as músicas e tentando conseguir o patrocínio necessário para a consolidação do projeto. Inclusive, aproveito o espaço para dizer que estou aberta a receber patrocínios. Certo, gente? (risos).
E qual será o seu estilo musical após sua participação no Programa Raul Gil?
Lívia – Quero fazer um estilo diferente dos que já existem no mercado nacional da música, ou seja, uma mistura da música pop brasileira com a masica clássica, enfim, quero produzir algo novo, inovador. Adoro novidades (risos).
Você já tem contrato com algum empresário aqui em Goiás?
Lívia – Ainda não. Ainda estou na fase do “freela” (free-lancer). Geralmente, as bandas que têm tocado para mim já têm seus empresários, mas são deles, das bandas, não meus, entendeu?
Lívia, por ter conquistado uma expressiva votação que lhe garantiu presença na final do concurso musical do Programa Raul Gil, inclusive ressaltando que você chegou a emocionar dois dos mais críticos jurados do programa, a Marli Marley e o temido produtor musical José Messias... Você acredita que seja a candidata mais forte nesta fase final da competição?
Lívia – (risos) Não acho que eu seja a finalista mais forte, não. Todos que estão na final do concurso tem capacidade para vencê-lo, pois são os melhores selecionados pelo júri.
Qual o tratamento que você tem obtido da produção do Programa Raul Gil?
Lívia – Tem sido muito bacana. Lá tudo é muito profissional.
Existe algum preconceito por você ter nascido e morar numa cidade do interior de Goiás?
Lívia – Como te disse, nasci em Santa Helena de Goiás, mas moro atualmente em Rio Verde, ambas cidades aqui do Sudoeste Goiano....
Desculpe a indelicadeza. Você tem quantos anos?
Lívia – Tenho 20 (risos).
Mas, sobre a pergunta que te fiz sobre o preconceito...
Lívia – Então... No início da minha participação no programa rolou um certo preconceito, sim. Eu senti isso.
Que tipo de preconceito? Como foi isso?
Lívia – Quero deixar bem claro que este preconceito não partiu da equipe de produção do Programa Raul Gil, mas sim de alguns concorrentes meu. Eles achavam que eu fosse cantar música sertaneja, pois ficavam me perguntando isso o tempo todo (risos). A impressão que eu tive é que eles acham que todos aqui na nossa região são pessoas caipiras, sertanejas (risos).
O pessoal te olhava com uma certa desconfiança, então?
Lívia – Sim.
Por você ser mulher, você acha que uma cantora sofre preconceitos por cantar o estilo sertanejo?
Lívia – Não sei. Eu acho legal a música sertaneja.
Será que vai ser, este, o estilo que você pretende seguir na sua carreira após sua participação no Programa Raul Gil?
Lívia – Pra te falar a verdade, eu gosto muito da música sertaneja, mas não sei se vou escolher alguma para gravar no meu cd. Quem sabe, né? (risos).
Você é a primeira cantora goiana a chegar à final de um concurso de novos talentos da música no Programa Raul Gil?
Lívia – Sim, sou.
Voltando ao projeto de gravação do seu primeiro CD, você vai escolher qual estilo musical?
Lívia – Por ser meu primeiro CD, vou fazer uma coisa mais eu, né?(risos), mas se eu tiver um empresário forte, ele vai ter direito a opinar, com certeza. O meu estilo inicial seria um pop mais musical.
Este empresário a que você se refere seria o Raulzinho Gil (diretor do Programa Raul Gil, na Band)?
Lívia – Sim, pode ser sim.
O Raulzinho Gil já demonstrou interesse em gravar um CD com você? Ele chegou a conversar com você sobre isso?
Lívia – Sim (risos), conversamos. Mas ele falou com todos os calouros finalistas do programa. Ele disse que, caso ele contrate, ele irá opinar no CD.
Faltam três programas apenas para a final do concurso. Até lá, como está sua preparação?
Lívia – Nesta fase de eliminatórias da final do concurso, eu só ensaio mesmo cada música que vou apresentar e cuido muito da minha voz. Tomo bastante água e evito ingerir alimentos e líquidos gelados. Também tento me relaxar ao máximo e ficar tensa o mínimo possível (risos).
Você tem medo do temível jurado, o produtor musical José Messias?
Lívia – Do Messias? (risos) Não. Imagina?! Mas, vou te confessar que, no primeiro programa que eu gravei, até tinha sim, tinha medo dele me queimar na televisão. Mas, hoje, vejo que ele gosta do meu trabalho, e eu sempre tive votos dele e da Mali (Marley, diretora e produtora teatral).
Até agora, qual foi o momento mais marcante em sua passagem pelo Programa Raul Gil, da Band?
Lívia – Sem dúvidas, o primeiro programa que eu participei, em 20 de novembro do ano passado, pois foi algo muito mágico, inesquecível, vendo tudo aquilo, que antes era um sonho meu, acontecer diante dos meus olhos. Naquele dia, eu cantei “Paralelas”, do Belchior. Foi tão lindo! (se emociona).
E as maiores dificuldades que você teve que enfrentar, ou está enfrentando, para se manter no programa?
Lívia – Dificuldades financeiras e também dificuldades de adaptação ao ritmo maluco da cidade de São Paulo, tudo muito diferente daqui, até porque eu não conhecia São Paulo, antes. E teve um dia que me deu uma forte crise de choro, pois eu me senti sozinha e desamparada. Eu estava na casa de uma amiga minha, em São Paulo, onde eu sempre fico quando vou pra São Paulo gravar o programa. Eu estava deitada no quarto e, de repente, comecei a sentir muito mal, com vontade de voltar para a minha casa, em Rio Verde, uma enorme vontade de estar junto da minha família. Enfim, deu uma deprê, mas nessa hora busquei forças em Deus, Ele que sempre ficou e fica do meu lado. Acho que Deus é o único que está o tempo todo ao meu lado, junto de mim.
Qual a impressão que você tem do dono do programa, o comunicador Raul Gil? Como ele é do outro lado da televisão?
Lívia – Primeiramente, ele é uma pessoa muito profissional, um ser humano especial, muito centrado naquilo que está fazendo. Ele trata a todos com muita cortesia, carinho e educação, mas a gente só tem contato com ele na hora da gravação.
A gente sabe que, como diz o ditado: “santo de casa, não faz milagre”. As pessoas em Rio Verde, e na sua cidade natal, Santa Helena de Goiás, têm lhe tratado com maior popularidade após sua imagem e seu talento serem divulgados na televisão, em um programa exibido em rede nacional?
Lívia – Sim, claro. Tá muito bacana. As pessoas me param nos lugares para me cumprimentar e demonstram estarem orgulhosas de eu estar representando com dignidade o nosso Estado e a nossa região.
Esta fama repentina te assusta?
Lívia – Não Acho tudo isso muito normal. Posso te dizer que estou adorando tudo isso, as pessoas me parando nos lugares para conversar comigo, me cumprimentar, pedirem para tirar fotos comigo, enfim, tudo isso está sendo muito legal.
Qual a sua mensagem aos fãs e aqueles que estão conhecendo agora o seu trabalho, o talento musical de Lívia Detes?
Lívia – Eu só tenho a agradecer a todos que me acompanham, torceram e torcem por mim, pelo meu sucesso. Sinceramente, estou muito feliz por estar entre os finalistas do quadro “Novos Talentos – Quem Sabe Canta” do Programa Raul Gil, na TV Bandeirantes e, como vem acontecendo desde a minha primeira apresentação, estarei dando o melhor de mim naquele palco visando vencer a competição, aliás, não só naquele palco mas em qualquer outro que eu vier a apresentar de agora em diante. (*)
Desde que estreou no Programa Raul Gil, Lívia Detes tem vivido dias intensos de muita movimentação. Nos dias de gravação têm exigido muita disposição da artista, mesmo dispondo de todo apoio da equipe de produção do programa.
Geralmente, os participantes chegam à sede da Rede Bandeirantes, no bairro do Morumbi, em São Paulo, por volta das 10 horas da manhã. Uma figurinista da Band presta assessoria na escolha roupa a ser usada na gravação. Em seguida, os competidores são preparados por cabeleireiros e maquiadores. Às 15 horas começa a gravação do programa.
Na manhã desta segunda-feira, 9, por MSN eu conversei com a cantora Lívia Detes, que já estava em São Paulo para a gravação, na tarde desta terça-feira, 10, da primeira etapa classificatória da finalíssima do concurso musical de novos talentos do Programa Raul Gil. A gravação será realizada nos estúdios da Rede Bandeirantes de Televisão, no bairro do Murumbi.
Lívia me disse que estava concentrada, já se preparando para a gravação. Disse estar muito confiante que vai passar para a etapa seguinte, a ser gravada na próxima terça=feira, 17.
A apresentação que a cantora goiana irá gravar nesta terça-feira, 10, será exibida no próximo sábado, 14. A grande final do concurso vai ser exibida no próximo dia 28 de março. Lívia Detes faz segredo sobre a música que irá interpretar na gravação da primeira classificatória, hoje. A qualquer momento, novas informações sobre a participação da cantora goiana, representante do Sudoeste Goiano, no Programa Raul Gil, da Band.
(*) Agradecimentos Especiais a Vinícius Castro.
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