Hamilton acusa Massa de bater em sua McLaren

Giulliano Dourado - ABD Comunicação

Com imagens fotos reproduzidas da Internet

A briga pelo título mundial de pilotos deste ano tem seu foco agora também fora das pistas. Neste domingo, o piloto inglês Lewis Hamilton, da McLaren, acusou o colega brasileiro Felipe Massa, da Ferrari, de provocar acintosamente o acidente que envolveu os dois carros no GP do Japão.

A batida aconteceu pela disputa em uma das curvas do circuito de Fuji. Massa tocou o carro de Hamilton quando seria ultrapassado. O inglês ficou atravessado na pista e despencou para a última colocação ainda de ter que pagar uma punição, o drive-through (passagem pelos boxes) pelo acidente da largada.

Já o brasileiro foi punido também com um drive-through pela manobra em que se envolveu no acidente com o inglês Lewis Hamilton. Com a confusão, a corrida dos dois pilotos ficou prejudicada, Massa acabou a prova na sétima colocação, herdou mais uma posição após a punição imposta ao francês Sebastien Bourdais da equipe Toro Rosso, e Hamilton foi apenas o 12º colocado. O vencedor da prova foi o espanhol Fernando Alonso, da Renault.

Felipe Massa tem duas corridas para tentar tirar estaacom diferença para Hamilton (no GP da China, no próximo domingo, e o GP do Brasil, no dia 2 de novembro). O brasileiro negou ter batido de propósito no seu rival ao título durante o GP do Japão. "Ele freou muito tarde e eu também. Então eu espalhei na primeira parte da curva e ele tomou o lado de dentro, me empurrando para a brita. Assim, com as rodas na brita, na curva seguinte, eu estava na esquerda e nos tocamos. Portanto, em minha opinião, foi acidente de corrida. Eu não pude parar o carro e estava na brita, porque ele me jogou lá. No entanto, recebemos um drive-through (passagem pelos boxes) e pagamos. Eu não bati acintosamente, e não posso acreditar que ele pensa isso. Tenho um bom relacionamento com o Lewis Hamilton e não faria nada para destruir isso", disse o brasileiro, que tenta ser o primeiro piloto do país a conquistar um título da Fórmula 1 desde o tricampeonato de Ayrton Senna em 1991.

“Uma corrida incrível pela grande maturidade de Felipe Massa”. Esta foi a definição do chefe de equipe italiana Ferrari, Stefano Domenicali. Ele enalteceu a atuação do brasileiro Felipe Massa no GP do Japão, mas o dirigente se mostrou frustrado por seus pilotos não obterem resultados mais expressivos no circuito de Fuji. "Sinto um doce sabor amargo após a corrida. De um lado, lamentamos o fato de não conseguirmos explorar o nosso enorme potencial. Por uma razão ou outra, nós nunca mostramos nosso melhor desempenho", comentou Domenicali.

O chefão italiano ficou contente por sua equipe reassumir a ponta entre as escuderias, com o terceiro lugar de Kimi Räikkönen e o sétimo de Felipe Massa. Domenicali também demonstrou felicidade com a queda da desvantagem de Felipe Massa para o líder da temporada, o inglês Lewis Hamilton, que agora é de cinco pontos. "O nosso brasileiro realizou uma corrida incrível, com uma recuperação impressionante e algumas ótimas ultrapassagens, demonstrando grande maturidade", avaliou o dirigente da escuderia italiana.

Já Sebastien Bourdais demonstrou indignação com o piloto brasileiro: "Massa é perigoso e não sabe pilotar”, bastante irritado com a punição que recebeu no GP do Japão, nessa prova, o francês da equipe Toro Rosso tocou-se com Felipe Massa, logo após voltar à pista vindo de sua segunda parada nos boxes, os dois dividiram a curva e se chocaram, o brasileiro rodou e voltou à corrida, mas depois da prova, os comissários entenderam que Bourdais foi o responsável pelo incidente e acresceram 25 segundos no seu tempo final. Com isso, o francês caiu de sexto para décima colocação no resultado final da corrida. "A punição é injusta e desproporcional, Felipe Massa se lançou sobre mim. O que eu iria fazer?", questionou o titular da equipe Toro Rosso.

Para não ficar para traz na disputa fora das pistas o bicampeão mundial da F-1 o piloto espanhol Fernando Alonso da equipe Renault declara preferir ajudar o brasileiro. Questionado se ajudaria Felipe Massa a conquistar o mundial, o bicampeão respondeu: "Se puder ajudar, ajudarei ao Felipe Massa.", O espanhol da Renault é desafeto do ex-companheiro de McLaren e atual líder do campeonato, Lewis Hamilton. Alonso disse que a luta pelo título está muito mais acirrada do que em outros anos, principalmente pelos erros cometidos entre os líderes.

Alonso e Hamilton foram companheiros na McLaren durante a disputa da temporada passada. No entanto, após uma série de desentendimentos, o piloto espanhol deixou a escuderia inglesa para ocupar o cockpit da escuderia francesa. E vem muito mais emoção e, certamente confusão, nas duas últimas competições da temporada. É só aguardar para conferir.