Terry Marcos Dourado - ABD Comunicação
Com informações de Valdison Borges/RDJ AM 680
O advogado Júlio César da Silva, de 48 anos, foi morto a tiros, por volta das 14h30min desta quarta-feira, 15, em frente à uma loja de colchões, na Avenida Joaquim Cândido, 832, próximo ao Supermercado Tropical, no centro de Jataí.
Conforme informações da Polícia Militar e de testemunhas, o advogado estacionou o seu veículo, uma caminhoneta S-10 gabine dupla, preta, em frente à uma loja de colchões da qual era cliente. Ao descer do veículo, o advogado foi surpreendido por dois homens que estavam em um moto Falcon de cor escura, os quais se aproximaram repentinamente, momento em que o carona saltou da moto e apontou uma arma de fogo para o advogado e efetuou um disparo atingindo uma das pernas da vítima. Desesperado, Júlio César da Silva tentou se refugiar no interior da loja nas foi atingido nas costas por um segundo disparo cujo projétil transfixou saindo pela sua região peitoral.
No momento em que os bandidos se preparavam para fugir do local, um terceiro disparo da arma foi efetuado a ermo, atingindo de raspão um rapaz que se encontrava em um estabelecimento comercial que fica ao lado da loja de colchões. O rapaz atingido estaria tentando, em pânico, se proteger dos tiros, correndo para o interior do seu estabelecimento comercial, mas foi atingido pelos marginais que fugiram em rumo ignorado, logo em seguida. O advogado alvejado por dois tiros chegou a ser socorrido em seu próprio veículo pelo proprietário da loja de colchões, mas não resistiu e morreu a caminho do hospital.
Embora o relato das testemunhas sugira fortes indícios de uma execução à luz do dia, em pleno centro comercial jataiense, a Polícia Civil suspeita que o advogado tenha sido vítima de uma tentativa de assalto, pelo fato de que a vítima havia acabado de sacar dinheiro em uma agência bancária do centro. Testemunhas disseram à polícia que Júlio César da Silva, ao se ver na mira de um revólver, havia tentando segurar a arma antes do primeiro disparo, talvez numa reação de pânico.
A carteira com documentos pessoais do advogado e uma quantia em dinheiro no valor de R$ 5.033,00 foram encontrados em seu bolso. A polícia encontrou também, desta vez no interior do veículo, R$ 2.500,00 em dinheiro, totalizando R$ 7.533,00 em dinheiro. Os autores do crime fugiram e nada levaram do local, o que reforça a possibilidade de uma execução. Até o início da madrugada desta quinta-feira, 16, não havia suspeitos do crime. O caso continua sendo investigado pela Polícia Civil.
Em nota oficial, OAB lamenta o crime e reforça
cobrança de medidas para debelar violência
Ainda durante a noite desta quarta-feira, 15, a Ordem dos Advogados do Brasi (OAB) - Seção de Goiás - divulgou nota oficial lamentando o assassinato do advogado Júlio César da Silva, ocorrido durante a tarde, em Jataí. Abaixo, a íntegra da nota:
< "A OAB - GO lamenta a morte do advogado Júlio César da Silva, de Jataí. Júlio César foi morto a tiros nesta quarta-feira (15), por volta das 14h30min, quando saía de seu escritório e seguia para um estabelecimento comercial. Segundo testemunhas, nas proximidades da Igreja São Judas Tadeu, no município, ele foi abordado por duas pessoas que estariam em uma motocicleta e uma delas disparou a arma contra o advogado. O corpo de Júlio César será velado em Jataí, no Memorial Municipal Exmo Alfaix, em frente ao Cemitério São Miguel onde será o enterro nesta quinta-feira (16), no final da tarde, em horário ainda a ser confirmado. O advogado tinha 48 anos e exercia a advocacia desde 1993. Foi membro da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB-GO no triênio 2001/2003.
"A OAB-GO vem alertando as autoridades sobre o combate à violência”, lembra o presidente da Seccional, Miguel Ângelo Cançado. “Já cobramos das autoridades medidas para debelar a violência e chamamos a sociedade para se conscientizar quanto à importância deste combate e à promoção da paz. No último dia 30, Miguel Cançado e uma comitiva do Conselho Seccional se reuniram com o Secretário de Segurança Ernesto Roller. O objetivo foi pedir empenho nas investigações da morte do advogado Ilmar Marçal, assassinado a tiros dentro de seu próprio escritório no dia 26 de setembro." >
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