A Igreja Católica sempre foi destaque na sociedade pelo luxo que ostenta e pelo acúmulo de bens que possui, mesmo que atualmente venha perdendo “status de poder e riqueza” para igrejas rotuladas de “evangélicas” do segmento “neopetencostal”, entre elas destacam-se a Igreja Universal do Reino de Deus e a Igreja Internacional da Graça de Deus.
Recentemente, a Igreja Católica de Jataí sofreu uma perda significativa em seu gordo patrimônio após a Justiça definir que a fazenda Nossa Senhora de Guadalupe, com mais de 1,3 mil hectares, pertencente à Diocese de Jataí, não é terra produtiva e deve ser desapropriada. O veredicto foi dado após vistoria feita pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Com a publicação na imprensa oficial, em fevereiro de 2006, do decreto judicial autorizando a desapropriação da fazenda o bispo de Jataí, Dom Aloísio Hilário de Pinho entrou com recurso administrativo para anular o processo. Conforme argumentou, a área era produtiva e que a Diocese depende do dinheiro do arrendamento para manter as obras sociais da Igreja no município.
Em seu recurso, o bispo jataiense solicitou uma segunda vistoria na área com o objetivo de provar a produtividade da mesma, anulando a decisão do Incra de que a mesma seria improdutiva e deveria ser destinada para fins de reforma agrária. Como resultado do poder eclesiástico aliado ao poder político, o Incra Nacional interveio, a pedido da Diocese de Jataí e de políticos goianos, e o processo foi engavetado. À época, defenderam os interesses da Diocese de Jataí o então senador Maguito Vilela e o deputado federal Leandro Vilela. Mas, se depender da decisão mais recente, tudo leva a crer que a fazenda vai mesmo ser desapropriada e ir parar na mão daqueles que “se dizem” sem-terra.
Terry Marcos Dourado
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