Pró-reitora da UFMT morta no triplo assassinato que chocou o país era de Jataí

Rondonópolis (MT) - Nesta semana, ainda repercute o caso que chocou o país, onde a diretora, um professor e o prefeito do Campus da Universidade Federal do Mato Grosso foram barbaramente assassinados. Entre as vítimas, estava a jataiense Sorahia Lima Miranda, professora, diretora e pró-reitora do Campus da UFMT em Rondonópolis. Sorahia foi assassinada na madrugada do último dia 28, quando chegava em sua residência, no bairro Colina Verde.

Junto com ela também foram mortos o professor Alessandro Luiz Fraga, do curso de Zootecnia, e o prefeito do Campus, Luiz Mauro Pires Russo. A polícia está investigando, mas ainda não tem pistas sobre o paradeiro do assassino. Conforme informações prestadas pela Polícia Militar, o crime aconteceu por volta das duas horas da manhã. As vítimas retornavam de uma viagem de Cuiabá e foram abordadas por um homem quando estacionaram na porta da casa da professora.

"Uma testemunha disse que o assassino usava camisa vermelha, capuz e calça jeans. Ele não pronunciou nem uma palavra. Apenas se aproximou do veículo deu um tiro no motorista, dois no professor e dois na professora, fugindo em seguida", relatou o comandante do 5º BPM, Alessandro Ferreira Nunes. A professora Soraiha Miranda morreu na hora. As outras duas vítimas ainda foram levadas ao Pronto Socorro de Rondonópolis, mas não resistiram. O professor morreu horas depois e o motorista morreu na manhã do dia 29.

Latrocínio, crime passional ou ‘queima de arquivo’. Estas são algumas hipóteses levantadas pelos policiais que investigam o triplo homicídio ocorrido na madrugada de hoje no bairro Colina Verde. O alvo principal seria a diretora do Campus da UFMT, pró-reitora Soraiha Lima Miranda, que foi morta juntamente com o professor Alessandro Luiz Fraga e o motorista Luiz Mauro Pires Russo.

“O assassino chegou a levar a bolsa da pró-reitora, mas isso pode ter sido uma tentativa de forjar o latrocínio (roubo seguido de morte). O pai da professora Soraiha disse que ela vinha recebendo ameaças de morte, o que reforça a tese de que esse crime foi premeditado. Não podemos descartar nenhuma hipótese”, disse o comandante do 5º BPM.

Além de uma separação litigiosa e conturbada, a professora Soraiha Miranda também vinha investigando uma série de irregularidades no campus da UFMT. Recentemente ela confidenciou a amigos que vinha sendo hostilizada e inclusive teve o veículo danificado no pátio do campus. As duas situações serão alvo de investigação.

Outra hipótese levantada aponta um possível envolvimento do PCC no triplo homicídio. É que a professora Soraiha, atendendo a solicitações do departamento de Zootecnia, vinha exigindo mais celeridade no processo de desapropriação de uma fazenda pertencente ao PCC em Rondonópolis. Ela queria usar a área para implantar um campo experimental da UFMT. Até o momento a polícia não tem informações sobre a identidade ou localização do assassino. Segundo testemunhas, ele é um homem moreno, de estatura mediana e trajava capuz, camisa vermelha e calça jeans no momento do crime. O assassino fugiu logo após efetuar os disparos. Ele teria se embrenhado no mato e seguido em direção ao Rio Vermelho, que passa próximo ao bairro Colina Verde. A PM, que chegou ao local momentos depois do crime, fez uma varredura pelo local, mas não obteve sucesso.

Fonte: Site Boca Livre (www.bocalivre.org) , com texto do repórter Eduardo Ramos (Site Primeira Hora – Rondonópolis/MT).

Imagem: Site Primeira Hora/Rondonópolis-MT
Professora Sorahia Lima Miranda, jataiense, morta em Rondonópolis (MT).